''Por meio dos conflitos urbanos é possível ler a cidade. Qualquer cidade pode ser estudada por sua arquitetura, por seus dados demográficos ou econômicos. Ao observar os conflitos urbanos, porém, é possível perceber como os diferentes setores e grupos da população se relacionam com a cidade e com as políticas governamentais. É uma forma de estudar não apenas os aspectos objetivos da cidade, mas também a subjetividade, aquilo que move citadinos(as) a se manifestarem.
A cidade do Rio de Janeiro, como toda grande cidade capitalista, é profundamente marcada pela desigualdade. À desigualdade econômica se somam outras formas específicas de desigualdade, entre elas a urbana. As mudanças que ocorrem cotidianamente na cidade afetam de forma diferenciada os grupos sociais.
Aqueles que têm maiores possibilidades de escolha quanto ao local de moradia, quanto aos meios de transporte a serem usados ou que podem pagar por serviços privados de saúde e educação, por exemplo, têm melhores condições de adaptação às mudanças da e na cidade.
Muitas vezes, as pessoas mais pobres, mais dependentes do transporte coletivo e de determinados serviços públicos (como hospitais e escolas), enfrentam, em condições desfavoráveis, a disputa pela ocupação de espaços na cidade. De maneira recorrente, acabam se transformando nas vítimas dos processos de transformação e modernização da cidade.
Mas não apenas a cidade se apresenta como um espaço física e morfologicamente desigual. Também a cidade é percebida de formas diferenciadas pelos grupos da população.
Embora muitas percepções e problemas sejam comuns, é também inegável que moradores(as) da zona sul se manifestam por problemas diferentes que moradores(as) da zona norte e que moradores(as) de favelas se manifestam de forma diferente que as pessoas do asfalto. Essas diferenças expressam necessidades diferentes, relações distintas com o poder público e com a própria cidade.''
Rio de Janeiro
Texto retirado do site :
:http://www.cidades.gov.br/secretarias-nacionais/programas-urbanos/biblioteca/reabilitacao-de-areas-urbanas-centrais/textos-diversos/conflitos-urbanos-retratos-da-vida-na-e-da-cidade/
Representação de cidade na Revolução Industrial
A cidade é fruto da confluência de elementos culturais, sociais, econômicos etc., que juntos num mesmo ambiente se sobrepõe aos outros, determinam as relações, e coordenam todo um espetáculo de empreendimentos, construções e arte. A cidade é o urbano, elemento que define a atmosfera citadina, ou seja a maneira de se viver na cidade, a maneira de ser da cidade. Este elemento a define por elementos puramente pragmáticos, geográficos, mas também por elementos que vão além de fronteiras.
As cidades são sobretudo espaços onde ocorrem grandes eventos, onde há cultura em profusão, religiosidade e expressão das pessoas. São espaços puramente antropológicos e sociais. Em outras palavras a arquitetura, o traçado da cidade, a maneira como ele se modifica, a maneira como cresce, o que absorve de fora, e o que não absorve, dizem muita coisa sobre as pessoas que ali residem. As cidades crescem não só devido as necessidades pertinentes do comércio, do capitalismo, mas principalmente por motivos muito humanos, intrapessoais e interpessoais que sempre trazem o novo. Essa é a grande necessidade do homem. A necessidade de mudança . A necessidade da inovação, da constante construção. A cidade é com certeza a materialização dessa necessidade.
O texto acima é uma espécie de protesto a respeito das desigualdades e dos problemas enfrentados pelos moradores das cidades que não conseguem conciliar a necessidade deste crescimento que flui, que é constante e inevitável, com os problemas sociais que ainda persistem. Problemas de estrutura, de espaço, de saneamento básico, crescimento demográfico, pobreza etc. Estes elementos ainda deixam muitas cidades brasileiras evidenciadas pelos problemas que são da população e do governo. A cidade é a manifestação do que nós somos. De uma forma ou de outra, por mais que hajam problemas naturais que prejudicam a estrutura da cidade, nós somos responsáveis pelo ambiente que fazemos, pois interferimos nele.
É através da leitura da cidade que enxergamos o maranhense, o mineiro, o paulista. Pela maneira como a cidade foi feita e pela forma que esse feito volta a interferir nas pessoas, é qe podemos entender mais sobre nós e sobretudo poderemos entender a nossa História!
Centro Histórico de Salvador
Adorei o texto: Cidade: reflexo dos homens.
ResponderExcluirRealmente... os processos sociais, materias, ideológicos, etc., constroem uma cidade, seus habitantes e as caracteristicas peculiares.
Uma outra consequência com relação á sua boa ou má administração governamental, é o aglomeração nas cidades, fazendo com q esta tenha um BOOM POPULACIONAL, e tornando deficiente os serviços públbicos oferecidos as classes menos favorecidas, caracterizando estas regiões em maior ou menor grau de desigualdade e inclusão social pelas políticas públicas oferecidas.
Nesse mesmo texto.. muito pode ser explorado, como exemplo também, a questão geografica e sua influência no formado na cidade, nos tipos de habitações, valores da mercadoria ( imbutido no frete), modo de locomoção, etc.
Adorei mesmo. Pra resumir... Cidade: reflexo dos homens.
Rs.. Bju galera **